Na Suécia, os eleitores eliminam a corrupção nas urnas. 90% dos eleitores votam, não perdoam atentos contra a corrupção.

Este artigo serve para renovar a esperança de todos que sonham ver Portugal limpo da corrupção. Serve ainda para mostrar que as formas de luta contra a corrupção, estão nas nossas mãos, acessíveis a todos. Saiba como poderia ser viver sem corrupção, perceba o quão ridículo é, aceitarmos viver atolados na sujidade da corrupção. Veja o Video com a reportagem sobre a democracia na Suécia. Como deveria ser a verdadeira democracia. Sonhe... e lute.




A Suécia tem servido de exemplo a muitos países que lutam para sobreviver à corrupção. Desde a década de 70 só houve dois casos de corrupção política.
Um país onde a justiça que condena os maus políticos e os corruptos, é exercida pelo eleitor activo, que pune nas urnas e através da opinião pública, uma justiça pesada e eficaz. E onde os mais activos denunciantes de corrupção, são os órgãos de informação e os cidadãos. Por isso, casos de corrupção politica, são acontecimentos tão raros, que se perdem na memória.
É também um país onde a politica é levada a sério tanto pelos cidadãos, como pelos políticos, não se admitem jogos sujos, insultos e ataques pessoais entre os políticos em campanha ou no governo... quem escolher esse caminho, é também penalizado nas urnas.
Um país onde 90% dos eleitores votam e fazem questão de fazer sentir aos políticos, que estiveram atentos, fazem-nos sentir o peso da sua justiça e da vontade do povo, não se abdicam de se manifestarem nas urnas, escolhendo quem satisfaz a maioria e o bem comum, e penalizando quem não satisfaz. Só 10% de abstenção. Ou seja 90% dos eleitores, lutam contra a corrupção e a favor da democracia. Em Portugal, ao que parece, só votam os ricos, os amigos dos corruptos, os boys e os militantes fanáticos. Pois esses são os únicos que têm sido representados e defendidos pelos governos. 
56% deixam que esses escolham por eles e depois queixam-se que o governo não os representa.

Na Suécia a corrupção na politica quase não existe, e quem se atreve a pisar o risco, por mais insignificante que seja o acto, desaparece da politica, pois os eleitores e a comunicação social, garantirão que esses nunca mais terão votos ou a confiança do povo.
Como é que permitimos que Portugal chegasse a este ponto? Onde os políticos mais parecem famílias da máfia? E afinal é tão simples travar os políticos desonestos e corruptos basta que o eleitor exerça o seu dever e direito de os julgar, votando com justiça e informados, não cegamente, por clubismos, protegendo criminosos.
Nas entrevistas que se seguem, poderemos perceber que Portugal necessita urgentemente de lições de literacia politica e cidadania, precisa aprender a ser um eleitor/juiz eficaz e justo, porque o estado do país e a qualidade dos políticos que temos, é o reflexo directo do cidadão: das suas acções e da falta delas.

Entrevista a Claudia Wallin, que vive na Suécia, jornalista e autora do livro “Um País Sem Excelências e Mordomias” 
-Quais são as diferenças mais chocantes entre as rotinas de um político eleito na Suécia e de um político eleito no Brasil?
Claudia Wallin: A Suécia não oferece luxo ou privilégios aos seus políticos. Parlamentares suecos vão de ônibus para o trabalho, e viram manchete de jornal quando se atrevem a pegar um táxi com o dinheiro do contribuinte.
Vivem em apartamentos funcionais que chegam a ter 18 metros quadrados, e onde não há comodidades como máquina de lavar. O ministro sueco Anders Borg, que em 2011 foi eleito pelo jornal britânico ”Financial Times” como o melhor ministro das Finanças da Europa, vive na capital num apartamento de cerca de 25 metros quadrados.
Nenhum deputado sueco tem direito a pensão vitalícia, plano de saúde privada nem imunidade parlamentar.
Nenhum político sueco tem o privilégio fabuloso de poder aumentar o próprio salário.
Parlamentares suecos trabalham em gabinetes de cerca de 15 metros quadrados, e não têm direito a secretária, assessor nem motorista particular.
Vereadores suecos não recebem sequer salário, e não têm direito a gabinete – trabalham de casa.
Na concepção sueca, sistemas que concedem privilégios e regalias aos políticos são perigosos. Porque transformam políticos em uma espécie de classe superior, que não sabe como vivem os cidadãos comuns. Dessa maneira, conforme sublinham vários políticos suecos, cria-se uma distância entre o povo e seus representantes, o que por sua vez gera um sentimento de desconfiança e descrença da população em relação aos políticos.

-Que interpretação faz dessas diferenças? Quais são as raízes históricas e culturais que levaram a modelos tão diferentes?
Claudia: A Suécia tem uma história marcada por uma longa tradição de democracia, e por um forte sentimento de igualdade entre as pessoas. Mesmo durante o período de poder monárquico, ao lado do rei sempre existiu um parlamento, e já na Idade Média havia a participação de pessoas comuns e camponeses nas assembléias políticas, ao lado do clero e da nobreza. Ao longo dos tempos, foi preciso lutar contra o poder do rei e os privilégios da nobreza. O rei perdeu todos os poderes na década de 70, e o desenvolvimento da democracia sempre esteve associado aos valores igualitários da sociedade sueca: ninguém deve ser melhor do que ninguém, e isso inclui a classe política. Políticos suecos sabem que não estão no poder para enriquecer, e sim para representar os interesses da sociedade como um todo.
Já no Brasil, ainda vigoram o conceito patrimonialista e os privilégios políticos que marcaram o processo de formação do Estado brasileiro, com a visão de que a coisa pública não é de ninguém. O interessante é notar que a Suécia, que juridicamente ainda é uma monarquia, conseguiu concretizar o ideal republicano. O Brasil, que formalmente é uma república, ainda é um país de súbditos.

-Na Suécia um deputado só ganha 50% a mais que um professor primário. O investimento na
asbtenção literacia politica
educação explica o grau de consciência cidadã dos suecos – da mesma forma que a falta de investimento em educação explica o atraso dos brasileiros?
Claudia: A educação é um dos pilares fundamentais da democracia sueca, e a base de todo grande salto no processo de desenvolvimento democrático de uma sociedade. Na Suécia, o ensino é gratuito e de qualidade para todos até a universidade, o que sem dúvida se reflete no alto grau de consciencialização política dos cidadãos. Existe uma clara consciência aqui de que os políticos são eleitos para servir, e não para serem servidos.
Política também não é algo que se discute apenas em ano de eleição, e embora o voto não seja obrigatório na Suécia, o índice de comparecimento às urnas no país tem se situado historicamente entre 80% e 90%. E esta sociedade mais consciente não dá privilégios aos seus políticos, nem aceita os desvios do poder. 

-Qual a motivação para um sueco entrar para a política, sendo uma carreira que traz tão poucas recompensas?
Claudia: A real motivação de qualquer cidadão para entrar na política deve ser o poder de influenciar os rumos de uma sociedade e as decisões que beneficiam o interesse coletivo, e é isso que a maioria dos suecos parece privilegiar. Para aqueles que atingem o topo da carreira política, como por exemplo é o caso do exercício de cargos ministeriais, os salários também estão bem acima da média salarial da população. E é claro que o poder sempre exerce fascínio. Mas na Suécia, o poder político exclui a obtenção automática de privilégios pessoais pagos com o dinheiro do cidadão, como passear de jatinhos ou helicópteros com a família, a babá e o cachorro.  Porque os suecos não querem ver seus políticos levando uma vida de luxo. É como resumiu um sueco que entrevistei em uma rua de Estocolmo: ”Sou eu que pago os políticos. E não vejo razão nenhuma para dar a eles uma vida de luxo”.
E é como destacou um dos deputados suecos com quem conversei, a respeito da ausência de regalias políticas na Suécia: ”Para ter o respeito dos cidadãos que representamos, é preciso usar o dinheiro dos contribuintes de forma sensata. Há pessoas desempregadas e outros problemas em nosso país, e penso que o dinheiro público deve ser usado de forma mais inteligente. Nós vivemos como pessoas normais. Ingvar Carlsson [ex-primeiro-ministro sueco] estava sempre no ponto de ônibus quando saía do trabalho. Você caminha pelas ruas e vê ministros andando. Todos vivem vidas normais.”

-Que visão os suecos tem da política brasileira? Eles têm consciência dos privilégios da nossa classe política e da corrupção endémica em nosso país?
Claudia: O que posso dizer é que vi muitas sobrancelhas levantadas e várias expressões de perplexidade, quando citei alguns privilégios políticos brasileiros e casos de corrupção durante as conversas que mantive com políticos, cientistas sociais, jornalistas e juízes suecos no processo de elaboração do livro. Na concepção dos suecos, usar o dinheiro dos impostos para conceder privilégios e regalias aos políticos é uma afronta, e um desrespeito ao dinheiro dos contribuintes. 
Porque quando um político precisa cortar gastos, é muito importante mostrar que ele próprio dá o exemplo. No nosso país, as pessoas estão sempre atentas aos custos da burocracia e da classe política. Se um político quer manter a confiança dos eleitores, deve estar próximo das pessoas.”

O que acontece com deputados flagrados em casos de corrupção na Suécia?
Claudia: Em primeiro lugar, toda e qualquer quantia indevidamente apropriada por um político deve ser imediatamente devolvida aos cofres púbicos. Em segundo lugar, começa o processo mais temido por um político sueco: a execração pública na mídia, que inevitavelmente ceifa as chances de uma reeleição. Um dos casos que eu narro no livro é o de um ex-líder do Partido Social-Democrata, que renunciou na esteira de um escândalo provocado pela revelação de que a companheira dele não pagava para morar no apartamento funcional onde viviam. Sim, porque na Suécia o Estado só paga apartamento funcional na capital para o político: se a esposa decide morar lá, tem que pagar pela metade do valor do aluguel. O líder jurou que não sabia das regras, mas pagou prontamente todo o dinheiro devido aos cofres públicos – e sumiu nas sombras do partido.
Outro exemplo é o caso das duas ministras obrigadas a renunciar em 2006 poucos dias após sua nomeação, diante de revelações de que haviam empregado babás sem recolher os devidos impostos: pagaram o que deviam, e abandonaram a carreira política. A lei sueca não prevê penas especialmente duras para casos de corrupção política. Mas como diz o diretor da Agência Nacional Anti-Corrupção sueca, quem pune políticos corruptos é a opinião pública. Políticos corruptos não são reeleitos na Suécia, o que naturalmente é reflexo do nível de escolaridade e consciencialização política do eleitorado.

-Num país onde os políticos são honestos e não têm privilégios, quais são os grandes temas dos debates em época de eleição? Os conceitos de esquerda e direita ainda têm valor na Suécia?
Claudia: É preciso dizer que o estilo sueco de fazer campanha eleitoral é marcado pelo debate exaustivo e detalhado de propostas concretas de governo, e pela  ausência de ataques pessoais entre adversários. Candidatos em geral não se atacam, e não se atracam. Existe um respeito comum à democracia, que é também uma exigência do eleitorado: várias pesquisas apontam que o eleitor sueco costuma punir nas urnas os candidatos que assumem atitudes mais duras contra seus oponentes.
(...) A social-democracia sueca, que tenta agora formar um governo após uma apertada vitória eleitoral, mantém sua visão essencialmente igualitária de país: uma sociedade com a menor distância possível entre ricos e pobres, e também com a menor distância possível entre aqueles que detêm e o poder e os que lhes dão poder através do voto.

-Você acredita que algum dia a democracia no Brasil chegará perto desse grau de civilização da Suécia? Por onde começar?
Claudia: O livro mostra que a Suécia já foi um país bastante corrupto, e há pouco mais de cem anos era um dos países mais pobres e atrasados da Europa. O que os suecos fizeram foi transformar a sua própria história, através de investimentos maciços em educação e pesquisa, de políticas de promoção da igualdade social e de uma série de reformas abrangentes que aperfeiçoaram gradualmente as instituições do país. Hoje, a Suécia é uma das mais ricas e prósperas nações industrializadas do mundo, um dos países menos corruptos do mundo, e uma sociedade que não aceita os desvios do poder.
E se a Suécia transformou a própria história, o Brasil também pode melhorar a sua. O caminho passa pelo maior acesso da população a uma educação de qualidade, pela maior consciencialização popular sobre a importância da participação política, e por reformas relevantes nas instituições do país, como a reforma política. É também preciso reconhecer os avanços que têm sido feitos, como a lei da transparência e a lei anti-corrupção. Mas será preciso também mudar uma mentalidade.

O segredo da Suécia para combater a corrupção: 
Texto da jornalista Claudia Wallin, retirado do livro ‘Um País sem Excelências e Mordomias’. No trecho abaixo, a jornalista entrevista Gunnar Stetler, responsável pela corrupção no país.
O que faz da Suécia um dos países menos corruptos do mundo?
Desde a década de 70 só houve dois casos de corrupção política naquele país a nível nacional
Gunnar Stetler franze a testa, pisca duas vezes e contrai os músculos do rosto, como quem faz um cálculo extraordinário. Percorre os labirintos da memória durante uma longa pausa, e encontra enfim a resposta: nos últimos 30 anos, ele diz, foram registados apenas dois casos de corrupção entre
parlamentares e integrantes do governo na Suécia.
”Tenho apenas uma vaga lembrança”, diz Stetler. ”É muito raro ver deputados ou membros do Governo envolvidos em corrupção por aqui.”
Estamos no escritório abarrotado de arquivos e papéis do promotor-chefe da Agência Nacional Anti-Corrupção (Riksenheten mot Korruption), no bairro de Kungsholmen. A poucos passos dali, na mesma rua Hantverkargartan, fica a sede da temida Ekobrottsmyndigheten, a Autoridade Sueca para Crimes Financeiros.
Com 1,93m de altura, expressão grave e ar insubornável, Gunnar Stetler é descrito na mídia sueca como o maior caçador de corruptos do país. Entre os casos sob a sua mira em 2013 estava a denúncia de que a operadora de telefonia sueca TeliaSonera teria pago suborno no valor de 337 milhões de dólares para estabelecer operações no Uzbequistão.
”Historicamente, 75% das acusações formais contra crimes de suborno na Suécia terminam em condenações”, diz Stetler.
Nascido em 1949, Stetler ganhou fama após conduzir casos como o de um ex-diretor da empresa sueca ABB, condenado a três anos de prisão em 2005 por ter desviado 1,8 milhão de coroas suecas para uma empresa registada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.
”Chega um momento em que uma pessoa não se contenta mais com um Volvo V70, e quer trocá-lo por um Porsche. A ganância é parte do dilema humano”, reflete Stetler.
Para o promotor-chefe, são três os fatores que mantêm a Suécia à margem das listas de países gravemente corruptos: a transparência dos atos do poder, o alto grau de instrução da população e a igualdade social.

~O que faz da Suécia um dos países menos corruptos do mundo?
GUNNAR STETLER: Em primeiro lugar, a lei de acesso público aos documentos oficiais. Esta lei, criada na Suécia há mais de duzentos anos, evita os abusos do poder. Se os cidadãos ou a mídia quiserem, podem verificar meu salário, meus gastos e as despesas de minhas viagens a trabalho. Meus arquivos são abertos ao público. E acreditamos que, ao colocar os documentos e registos oficiais das autoridades ao alcance do público, evitamos que os indivíduos que exercem posições de poder pratiquem atos impróprios. Esta é a razão principal.
Em segundo lugar, é preciso citar a lei aprovada na Suécia há cerca de 200 anos, que introduziu o ensino compulsório no país e aumentou o nível geral de educação da população.

~Qual é o impacto de uma população com maior grau de instrução na prevenção da corrupção?
GUNNAR STETLER: Se uma pessoa não tem acesso à educação, ela não tem condições nem de compreender e muito menos de fiscalizar o sistema. Na Suécia, acreditamos que uma sociedade se constrói não a partir do topo, mas a partir da base da população. Portanto, é preciso oferecer uma boa educação a todas as camadas da sociedade.

-Com que frequência o seu telefone toca com denúncias de corrupção?
GUNNAR STETLER: Recebo cerca de quatro ligações do público todos os dias. Mas de cada 15 denúncias, em geral apenas uma tem base para caracterizar um caso. A maior parte dos casos se refere a questões de menor dimensão, como quando um funcionário público aceita viajar para um resort a convite de uma empreiteira a fim de facilitar um contrato. Se você é um funcionário público na Suécia, não está absolutamente autorizado a aceitar este tipo de convite. Lidamos também com casos de maior envergadura. Acabo de acusar formalmente um dos chefes do Kriminalvården (sistema prisional sueco), que recebeu subornos da ordem de milhões de coroas suecas de uma empresa contratada para construir penitenciárias. Trabalhamos com denúncias do público, da mídia e também de sistemas nacionais de auditoria, como o Riksrevisionen (órgão independente que controla as finanças das autoridades públicas na Suécia).

-Qual é o nível de incidência de casos de corrupção política a nível nacional na Suécia, entre parlamentares e membros do Governo?
GUNNAR STETLER: É muito raro ver deputados ou membros do Governo envolvidos em corrupção por aqui.
-Como assim?
GUNNAR STETLER: No sistema penal sueco, o princípio básico não é a punição, e sim a reintegração do indivíduo à sociedade. Esta é a nossa tradição. O código penal não prevê punição especialmente dura para casos de corrupção política.

-Punições mais severas não são então a resposta para combater a corrupção política?
GUNNAR STETLER: Quem pune políticos corruptos é a opinião pública. Se um deputado ou um funcionário da administração estatal pratica um ato de corrupção, ele será punido severamente pela sociedade, principalmente por ter cometido um erro a partir de uma posição de poder. Um deputado, por exemplo, pode ser forçado a renunciar através da pressão da opinião pública e da mídia, mesmo quando não é indiciado formalmente.

-Cabe principalmente à mídia e aos cidadãos fiscalizar o poder, ou a instituições como a que o senhor dirige?
GUNNAR STETLER: Cabe, em primeiro lugar, à imprensa livre. Se a mídia tem acesso aos documentos oficiais, ela poderá agir, juntamente com os cidadãos, para garantir uma sociedade mais limpa. É claro que agentes oficiais, como a Agência Anti-Corrupção, também cumprem um papel importante. Presumo que talvez, no Brasil, os cidadãos não confiem em servidores públicos como eu. Mas na Suécia a maior parte das pessoas confia nas agências do poder público, e uma das razões disso é o fato de que os cidadãos podem supervisionar o que as agências fazem.

-Como é o trabalho da Agência Nacional Anti-Corrupção?
GUNNAR STETLER: Nosso foco principal é o suborno. Pode-se dizer que o suborno, tanto na esfera pública como no setor privado, é um câncer para qualquer sistema. Mesmo quando o valor do suborno é muito baixo, ele pode influenciar uma licitação no valor de um bilhão de coroas suecas. No setor público, é importante que as compras de bens e serviços sejam realizadas de modo correto. A construção de um novo hospital, por exemplo, pode custar cerca de 1,7 bilhão de coroas suecas (cerca de 260 milhões de dólares). Quando uma agência do setor público lida com um contrato deste porte, é importante que haja uma distância entre a empresa que vai construir o hospital e os funcionários públicos que vão aprovar tal contrato. No meu ponto de vista, e penso que a maioria das pessoas na Suécia concorda, é essencial que funcionários públicos não aceitem ofertas ou presentes de nenhum tipo, mesmo os de baixo valor.

-Os suecos em geral parecem realmente ter receio da regra que proíbe aceitar qualquer brinde ou presente com valor acima de aproximadamente 400 coroas suecas.
GUNNAR STETLER: Em geral, nenhum funcionário público ou privado na Suécia é autorizado a aceitar brindes ou presentes acima de 300 ou no máximo 400 coroas (entre cerca de 46 e 60 dólares). Na minha posição, não posso aceitar nada.

-Não acontece?
GUNNAR STETLER: Pode acontecer, mas não é normal. A questão é definir o que é considerado como um suborno. Para alguns, aceitar um convite para jantar ou passar o fim de semana em um resort não configura um suborno. Mas na Suécia, convites deste tipo caracterizam de fato um suborno. Principalmente para aqueles que trabalham no setor público.

-Aceitar um convite para jantar pode então ser considerado um crime?
GUNNAR STETLER: Na minha opinião, uma pessoa ou empresa privada não pode convidar um funcionário público para jantar, se há um negócio envolvido entre as duas partes.
-Qual é o seu melhor conselho para um país como o Brasil se tornar uma sociedade mais limpa?
GUNNAR STETLER: É preciso compreender que esta é uma tarefa que não pode ser cumprida em 24 horas. Para combater a corrupção, é necessário implementar um sistema de ampla transparência dos poderes estatais, aumentar o nível de educação da população em geral, e promover a igualdade social. A educação é o princípio básico do que chamamos na Suécia de jämlikheten (a igualdade social). E este é também um fator importante na prevenção da corrupção. Parece-me que o Brasil é um país com enormes desigualdades sociais.

-Qual a importância da igualdade social neste processo?
GUNNAR STETLER: Se uma pessoa tem que lutar diariamente por sua sobrevivência, para ter acesso a alimentação, escolas e hospitais, a questão do combate à corrupção na sociedade certamente não estará entre seus principais interesses. Mas quando uma pessoa se sente parte da sociedade à qual pertence, passa a não aceitar os abusos do poder.

O exemplo do combate à evasão fiscal na Suécia
Porque tem tudo que ver com corrupção, fazemos aqui no blogue mais umas referências à economia paralela, e a alguns exemplos de países como a Suécia que estão a tentar reduzir esse modo de corrupção económica ao mínimo possível. O Governo Sueco tem como objetivo reduzir a sua já diminuta economia paralela, de cerca de 10% do PIB, para zero. Esta vontade, e necessidade, de reduzir a evasão fiscal, fará então ainda mais sentido em países como Portugal, onde o valor da economia paralela ronda, com tendências para aumentar, os 25% do PIB (2).
"Os responsáveis da autoridade fiscal da Suécia esperam que, dentro de 5 anos, a evasão fiscal deixe de ser relevante para as contas públicas do país. O hiato fiscal entre a receita potencial e a cobrada foi estimado, no Outono de 2007, em 133 mil milhões de coroas, ou seja 5% do PIB.
Em segundo lugar, essa eficácia parece dever-se aos meios de investigação atribuídos à autoridade tributária pela lei sueca. Algo que está a anos-luz do que se passa, por exemplo, em Portugal, onde reina a defesa da "privacidade" dos contribuintes. 
"Se há uma suspeita sobre uma dada empresa, podemos ir aos bancos, pedir informação sobre esse contribuinte. E eles são obrigados a dar-nos", afirma Martin Solvinger. "Não temos de a justificar, mas também não podemos fazer expedições para ver o que dá. Temos um extenso acesso a informação. E não depende de autorização do director-geral". É o que se passa, igualmente, com os cartões de crédito. 
Depois, o Fisco sueco tem ainda a liberdade de criar bases de dados dos contribuintes, que talvez assustasse a comissão portuguesa de Protecção de Dados Pessoais. Mais recentemente, a Agência Tributária sueca alimentou a base de dados com elementos recebidos dos offshores, através de uma multiplicidade de acordos de troca de informação, que se têm revelado mais eficazes do que se esperava. Público

Em 2011, 25% da riqueza produzida em Portugal, não pagou impostos. - Num só ano, excedeu mais de metade do valor do empréstimo pedido à Troika. 43,5 mil milhões de rendimentos não tributados. ARTIGO COMPLETO: 
Em Portugal os meios de combate à evasão fiscal estão muito aquém dos que, por exemplo, dispõem A corrupção e a evasão fiscal são socialmente inaceitáveis em países como a Suécia. Já por Portugal, como demonstram vários estudos (4), o caso não é o mesmo, podendo em alguns casos a conotação social do fenómeno ser exatamente oposta. A cultura e sociedade paroquial construída e instituída em Portugal têm uma influência inegável (4).
as autoridades Suecas (3). O caso do sigilo bancário e outras barreiras à informação e de cruzamento de dados impede a transparência e dificulta a ação das autoridades. Mas nem tudo se deve aos fatores legais e administrativos, a própria cultura – no sentido lato do termo que se relaciona com a organização social - da própria sociedade e seus cidadãos pesa muito nestas contas e percentagens.
Assim, o combate à corrupção e evasão fiscal terá de passar por aumentar os meios e liberdade de atuação das autoridades estatais, na mesma medida em que se deve fazer um forte trabalho de consciencialização e prevenção pela informação, educação e reforço da ética em Portugal. Há necessidade de reformar os meios legais, processuais, a própria ética e espírito cívico.
Referências Bibliográficas:
(2) – “Economia paralela atingiu um quarto do PIB”, disponível 
(3) - “Quando o Fisco sueco sai à rua consegue resultados
(4) - "A Corrupção e os Portugueses - Atitudes, Práticas, e Valores". Lisboa: RCP Edições, 2008

  1. A abstenção que a corrupção agradece
  2. A memória curta do eleitor português, bom juiz não pode ter memória curta
  3. Aprende a votar. Valor do voto e da abstenção
  4. Um povo critico é a arma mais eficaz contra os maus políticos
  5. Nos governos não há lugar para patriotas. Quando é que o povo aprende a ser justo?
  6. Lutar pela democracia, contra os que a oprimem
  7. Suécia fecha 4 prisões
  8. O país que consegue reabilitar 80% dos seus poucos criminosos
  9. Sabia que cerca de um terço dos portugueses dizem acreditar na existência do Inferno, enquanto menos de 10% dos suecos dizem o mesmo?
VIDEOS SOBRE COMO A CORRUPÇÃO INTERFERE NA VIDA DOS PAÍSES

DINAMARCA: Imagine Portugal sem corrupção, um exemplo de democracia




SNS de Inglaterra versus Portugal, prevenção e produtividade


19 comentários:

  1. Se o Paulo morais fosse candidato a PM, eu votava nele...

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    1. Se o Paulo Morais se candidatar, fazem-lhe o mesmo que fazem ao Marinho Pinto, uma perseguição e difamação, que o povo papa... nem percebem que os corruptos tudo fazem para derrubarem quem quer acabar com eles.
      https://www.youtube.com/watch?v=WOWx4AWfBm0

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    2. Tem toda a razão, mas não podemos desistir. Isto já não é um país é um BORDEL com as p..tas todas no parlamento. Temos de continuar a denunciar este regabofe, pode ser que nos apareca um Baltasar Garzón que engavete esta corja.

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    3. Já tenho dito que este país parece um circo, é disto que o povo gosta! Você anda distraído, Baltasar Garzón foi suspenso por não cumprir as regras determinadas pelo poder eleito democraticamente. A justiça não pode estar acima da lei! Penso que não sabe o que é um poder eleito democraticamente em eleições!

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    4. Não sabemos, talvez esteja na hora de experimentar.

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    5. o problema está no sistema. todos os partidos da AR são coniventes com a situação existente. a 1a. função constitucional deles é fiscalizar o governo. nunca fiscalizaram nada e até tentaram fazer passar, às escondidas, todos juntos, aumentos dos subsídios dos partidos deles. votar nas esquerdas levaria ao que levou o voto no PT no Brasil. a constituicao precisa ser substituida por outra que vá buscar os exemplos das nordicas, da alemã e da suiça.

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    6. Há partidos novos que propõem mudar a constituição. E há partidos que nunca tiveram poder porque ninguém vota neles.

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    7. Não pertence á comunidade Europeia
      não usa o "euro", e repudia-o
      tem uma policia mínima
      Não há operações stop, nem nenhum tipo de controle policial dos residentes
      a policia é eleita pelo povo não nomeada
      a população pede contas á policia todos os dias
      tem um estado mínimo
      toda a gente tem armas
      a família é valorizada e o poder publico sobrevalorizado
      as economias familiares socialmente valorizadas - como a produção do queijo
      Não tem criminalidade quase nenhuma
      não valorizam a competição desportiva
      Não sabem o que é o socialismo
      tem a medicina mais avançada do planeta, privada e acessível.
      a participação publica na politica é massiva
      E um país conhecido como ter a constituição mais avançada e simples do planeta
      Controlam a emigração
      Controlam as seguradoras que são obrigadas a apresentar contas á população
      Controlam os bancos que são obrigados a apresentar contas á população
      O franco suíço é a moeda mais segura do mundo
      porque todo o planeta confia no sistema democrático e financeiro da Suiça - e não nos países da comunidade europeia.
      as cidades e o urbanismo é desvalorizado
      O rural é valorizado e hiper-lucrativo
      Em duas guerras mundiais, nem Hitler nem Mussolini conseguiram invadir a Suiça porque os helenístico estão armados.
      Os EUA não conseguem interferir na Suiça
      A comunidade europeia não consegue interferir na Suiça - na verdade a maior parte dos comissários europeus tem as suas poupanças na Suiça.
      A elite financeira e politica tem as suas poupanças na Suiça, porque não confiam nos seus países - e por isso os arruinam.
      O dinheiro do Vaticano está na Suiça
      A Suiça é o país mais avançado do mundo devido á sua Constituição não devido á sua riqueza.
      É o pais mais avançado do planeta pela sua humildade de saberem que é um pais que ainda não está completo
      A Suiça é apenas metade de Portugal, só que é muito mais bem organizado.
      A Suiça tem menos de metade do território agricola de Portugal mas produz mais -mais do dobro -, porque está mais bem organizado, a Suiça não sabe o que é desperdício.

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    8. O voto branco e nulo, tem poder?
      As mentiras são muitas, são estratégias sujas para manter as vitimas longe do tribunal onde os seus carrascos estão a ser julgados, e poderiam ser condenados: as urnas.
      "É de respeitar a posição de quem prefere não optar, mas o voto branco não funciona para quem quer tomar posição na luta social e política.
      Uma impressionante cadeia de emails anónimos tem divulgado uma mentira.
      Um apelo ao voto branco "contra estes políticos" garantia que, "se a maioria da votação for de votos em branco, são obrigados a anular as eleições e fazer novas, mas com outras pessoas diferentes nas listas".

      Tanto circulou a mentira, que a Comissão Nacional de Eleições teve de lançar um esclarecimento sobre a lei: "Os votos em branco e os votos nulos não têm influência no apuramento dos resultados - será sempre eleito, à primeira ou segunda volta, o candidato que tiver mais de metade dos votos expressos, qualquer que seja o número de votos brancos ou nulos." A abstenção nem é digna de referencia pois todos sabem que a esta tem diversas causas, e portanto não pode ser uniformizada. Não se pode apurar que o abstencionista quer isto ou aquilo, porque na realidade o abstencionista apenas não quis ou não pode votar, porquê? Apenas se pode especular.

      Os votos brancos e nulos já atingiram percentagens importantes. Somados, em eleições presidenciais anteriores, chegaram a 2% a 3%, ultrapassando mesmo alguns candidatos. Cabe perguntar: quem o recorda? Quem se incomodou? Quem vibrou e quem tremeu? Os votos brancos e nulos são uma má opção de protesto, desde logo porque podem não ser protesto nenhum. São apenas uma expressão vazia, onde cabe o apelo autoritário, a hesitação radical (que não se decide a tempo), a desilusão do momento. É de respeitar quem prefere não optar, mas o voto branco não funciona para quem quer tomar posição na luta social e política. Jorge Costa, Jornalista

      ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2012/11/o-poder-do-voto-voto-em-branco-e-nulo.html#ixzz4YE29VO6z

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    9. TEMOS OS POLITICOS QUE MERECEMOS SOMOS NÓS QUE OS MOLDAMOS
      UM POVO QUE NÃO VOTA NEM SABE USAR O VOTO JAMAIS SERÁ REPRESENTADO, TEMIDO OU SEQUER RESPEITADO E JAMAIS SABOREARÁ AS VANTAGENS DA DEMOCRACIA...
      Em Portugal vence sempre a abstenção e a ignorância e os corruptos.
      O povo não sabe que o voto não serve apenas para votar a favor dos que mais se apoiam, serve também para votar contra os que mais roubam e mentem.
      O critério decisivo da democracia é a possibilidade de votar contra os partidos que há 40 anos destroem o país
      Karl Popper, sobre democracia, responsabilidade e liberdade.
      (…)
      Inicialmente, em Atenas, a democracia foi uma tentativa de não deixar chegar ao poder déspotas, ditadores, tiranos. Esse aspecto é essencial. Não se tratava, pois, de poder popular, mas de controlo popular. O critério decisivo da democracia é – e já era assim em Atenas – a possibilidade de votar contra pessoas, e não a possibilidade de votar a favor de pessoas.
      Foi o que se fez em Atenas com o ostracismo. (…)
      Desde o início que o problema da democracia foi o de encontrar uma via que não permitisse a
      ninguém tornar-se demasiado poderoso. E esse continua a ser o problema da democracia. (…)

      ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2015/09/o-criterio-decisivo-da-democracia-e.html#ixzz3qcV7Aoi8

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  2. Talvez na Suécia o principal poder seja eleito democraticamente e responda ao povo, cá não!

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    1. A abstenção afinal obtém um resultado contrário, ao que pretendem os abstencionistas
      Por isso, o que me chateia na vossa abstenção é a falta de colaboração num trabalho importante. Não é uma questão de direitos ou deveres cívicos em abstracto. O problema é concreto. Temos uma tarefa difícil, da qual depende o nosso futuro, e vocês ficam encostados sem fazer nada.
      Isto tem consequências graves para a democracia. Quando a maioria não quer saber das propostas dos partidos, está-se nas tintas para o desempenho dos candidatos e nem se importa se cumprem os programas ou não, o melhor que os partidos podem fazer para conquistar votos é dar espectáculo. Insultarem-se para aparecerem mais tempo na televisão ou porem o Marinho Pinto como cabeça de lista, por exemplo. Vocês dizem que se abstêm porque a política é uma palhaçada mas a política é uma palhaçada porque vocês não votam.
      A culpa é vossa porque não é preciso muita gente votar em palhaços para os palhaços ganharem. Basta que a maioria não vote. Também é por vossa culpa que os extremistas estão a ganhar terreno, e pela mesma razão. É fácil pôr os fanáticos a votar. Basta abanar o pano da cor certa e, se mais ninguém vota, eles ficam na maioria. Mas se vocês colaborassem e se dessem ao trabalho de avaliar as propostas dos partidos, se os responsabilizassem pelas promessas que fazem e votassem de acordo com o que acham ser a melhor solução, deixava de haver palhaços, interesseiros e imbecis na política.

      Quando opta por não votar pode estar a atingir o resultado contrário daquilo em que acredita.
      Esclareça-se e compreenda porque é importante votar em consciência contra os partidos corruptos.
      Faça uma escolha, opte por votar com quem mais se identifica, e quem menos o lesou, o poder é seu! Use-o para ajudar todos nós.


      ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2015/10/percebam-que-abstencao-afinal-obtem-um.html#ixzz4VIExhUcU

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  3. Abençoado o povo que cuida de seu país , que participa, se informa e vigia constantemente os politicos a quem paga e elege,.isso sim é democracia, é ser responsável, no entanto um povo que assim age , foi educado durante muito tempo e o povo português no após 25 de Abril, foi instrumentalizado, usado, e seu cérebro e mente sempre lavado. incutindo-lhe ideias bem estudadas para o dispersar, desmotivar e fragilizar.

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    1. O medo que os políticos têm, que os eleitores indignados, comecem a votar...
      Há quem apele à abstenção tentando convencer os eleitores que os políticos têm muito medo da abstenção porque se esta for elevada, pode derrubar o regime. Uma espécie de golpe de estado de "sofá"! Que cómodo...
      No entanto essa teoria cai por terra quando percebemos que são os próprios políticos que mantêm deliberadamente 1,25 milhões de eleitores fantasma, portanto, só da parte dos políticos, estão garantidos 1,25 milhões de abstencionistas...
      Tal é o medo que eles têm da abstenção, que apesar de muitas criticas, para que haja em Portugal uma actualização dos cadernos eleitorais, eles, os que dominam o poder, insistem em manter este exército de falecidos e emigrados, registados como eleitores.
      E sabem porque não temem, os corruptos, a abstenção? Porque criaram uma lei que faz da abstenção uma nulidade, não existe um numero de votos mínimos para validar a conversão de votos em mandatos. Mesmo que votem 2 mil pessoas apenas, é suficiente para legitimar mandatos.


      Por isso pensem por vós mesmos e olhem para os factos: a quem a abstenção tem garantido poder e governação nestes anos de abstenção elevada? Não se deixem enganar... não permitam que vos conduzam para a nulidade, que vos impeçam de usar o voto contra eles.
      Pensem... se é a abstenção elevada que os mantém lá, então só quando todos os revoltados e indignados forem votar contra eles, é que eles sairão de lá. Já basta de governos PS e PSD, os que são contra eles, que votem. E veremos se Portugal não começa a mudar. Mais uma vez fica claro que os que apelam à abstenção servem a perpetuação da corrupção.
      Comece a votar em partidos pequenos e com propostas mais democráticas, veja neste link os partidos que propõem democracia directa e que querem mudar a lei eleitoral.

      "Número de eleitores em Portugal não bate certo, existem cerca de 1,25 milhões eleitores-fantasma... mais uma artimanha que permite aos partidos, albergar mais boys e alargar o seu poderio, através do poder local.
      A listagem total das freguesias aponta para 9,62 milhões de portugueses registados nos cadernos eleitorais, mas as contas feitas pelo jornal «CM» revelam que há 1,25 milhões eleitores-fantasma em Portugal. O jornal «i» também fez as contas com base em números oficiais e dá conta de 800 mil eleitores-mistério. E se há divergência em relação aos números, o mesmo não se verifica em relação à justificação. Emigrantes, mortos e duplicação de registos são explicação consensual para a diferença entre a base de dados eleitoral e a população portuguesa.
      O «CM» avança que entre os cerca de 1,25 milhões de eleitores-fantasma no país estão pessoas que já faleceram e ainda não foram eliminadas nas listas das freguesias. Aos falecidos somam-se emigrantes que mantêm o local de voto em Portugal apesar de se encontrarem no estrangeiro.
      As contas do «CM», com base no Instituto Nacional de Estatística (INE), foram feitas por Jorge de Sá, director da Aximage. O responsável explica que, se aos 10,6 milhões de cidadãos residentes, dos dados do INE, se retirarem os menores de 18 anos, que não podem votar, e dois terços dos estrangeiros em Portugal, que não têm direito de voto (290 mil), chega-se a um total de 8,37 milhões de eleitores. A listagem total das freguesias aponta para 9,62 milhões. A diferença revela que há 1,25 milhões de eleitores-fantasma no país. fonte
      ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2014/06/saiba-porque-os-corruptos-insistem-em.html#ixzz4YE1tbi1R

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  4. Abençoado o povo que cuida de seu país , que participa, se informa e vigia constantemente os politicos a quem paga e elege,.isso sim é democracia, é ser responsável, no entanto um povo que assim age , foi educado durante muito tempo e o povo português no após 25 de Abril, foi instrumentalizado, usado, e seu cérebro e mente sempre lavado. incutindo-lhe ideias bem estudadas para o dispersar, desmotivar e fragilizar.

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    1. A abstenção afinal obtém um resultado contrário, ao que pretendem os abstencionistas
      Por isso, o que me chateia na vossa abstenção é a falta de colaboração num trabalho importante. Não é uma questão de direitos ou deveres cívicos em abstracto. O problema é concreto. Temos uma tarefa difícil, da qual depende o nosso futuro, e vocês ficam encostados sem fazer nada.
      Isto tem consequências graves para a democracia. Quando a maioria não quer saber das propostas dos partidos, está-se nas tintas para o desempenho dos candidatos e nem se importa se cumprem os programas ou não, o melhor que os partidos podem fazer para conquistar votos é dar espectáculo. Insultarem-se para aparecerem mais tempo na televisão ou porem o Marinho Pinto como cabeça de lista, por exemplo. Vocês dizem que se abstêm porque a política é uma palhaçada mas a política é uma palhaçada porque vocês não votam.
      A culpa é vossa porque não é preciso muita gente votar em palhaços para os palhaços ganharem. Basta que a maioria não vote. Também é por vossa culpa que os extremistas estão a ganhar terreno, e pela mesma razão. É fácil pôr os fanáticos a votar. Basta abanar o pano da cor certa e, se mais ninguém vota, eles ficam na maioria. Mas se vocês colaborassem e se dessem ao trabalho de avaliar as propostas dos partidos, se os responsabilizassem pelas promessas que fazem e votassem de acordo com o que acham ser a melhor solução, deixava de haver palhaços, interesseiros e imbecis na política.

      Quando opta por não votar pode estar a atingir o resultado contrário daquilo em que acredita.
      Esclareça-se e compreenda porque é importante votar em consciência contra os partidos corruptos.
      Faça uma escolha, opte por votar com quem mais se identifica, e quem menos o lesou, o poder é seu! Use-o para ajudar todos nós.


      ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2015/10/percebam-que-abstencao-afinal-obtem-um.html#ixzz4VIExhUcU

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  5. Ao longo de 40 anos as pessoas foram treinadas a raciocinar balizadas. - Ou és de um partido ou és contra ele. E quando és de um partido tens que o apoiar e defender, mesmo quando te lesa, rouba, empobrece e te destrói o país e o futuro. E quando és contra um partido tens que o atacar e espezinhar, mesmo quando te defende e protege o país.

    O treino e a manipulação, para chegarmos a esta irracionalidade, tem sido uma das maiores conquistas dos partidos. As telenovelas e o futebol contribuem para criar este espírito de seita, seguir personagens e a achar que as nossas opções, são inconsequentes, são apenas uma questão de gosto pessoal. As pessoas acreditam que sendo defensores do Ze Manel da novela das 8, ou defensor do FCP, não trará mal nenhum ao mundo. E esta interiorização permite-lhes acreditar que na politica se passa o mesmo. Chegam ao ponto de utilizar os mesmos critérios que usam na novela e no futebol, para escolher o seu politico favorito. Tornam-se acríticos, benevolente, permissivos e defendem o seu personagem, o seu clube e o seu partido, apenas porque sim.

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  6. A questão é que o povo não tem educação e principalmente informação.

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    1. O medo que os políticos têm, que os eleitores indignados, comecem a votar...
      Há quem apele à abstenção tentando convencer os eleitores que os políticos têm muito medo da abstenção porque se esta for elevada, pode derrubar o regime. Uma espécie de golpe de estado de "sofá"! Que cómodo...
      No entanto essa teoria cai por terra quando percebemos que são os próprios políticos que mantêm deliberadamente 1,25 milhões de eleitores fantasma, portanto, só da parte dos políticos, estão garantidos 1,25 milhões de abstencionistas...
      Tal é o medo que eles têm da abstenção, que apesar de muitas criticas, para que haja em Portugal uma actualização dos cadernos eleitorais, eles, os que dominam o poder, insistem em manter este exército de falecidos e emigrados, registados como eleitores.
      E sabem porque não temem, os corruptos, a abstenção? Porque criaram uma lei que faz da abstenção uma nulidade, não existe um numero de votos mínimos para validar a conversão de votos em mandatos. Mesmo que votem 2 mil pessoas apenas, é suficiente para legitimar mandatos.


      Por isso pensem por vós mesmos e olhem para os factos: a quem a abstenção tem garantido poder e governação nestes anos de abstenção elevada? Não se deixem enganar... não permitam que vos conduzam para a nulidade, que vos impeçam de usar o voto contra eles.
      Pensem... se é a abstenção elevada que os mantém lá, então só quando todos os revoltados e indignados forem votar contra eles, é que eles sairão de lá. Já basta de governos PS e PSD, os que são contra eles, que votem. E veremos se Portugal não começa a mudar. Mais uma vez fica claro que os que apelam à abstenção servem a perpetuação da corrupção.
      Comece a votar em partidos pequenos e com propostas mais democráticas, veja neste link os partidos que propõem democracia directa e que querem mudar a lei eleitoral.

      "Número de eleitores em Portugal não bate certo, existem cerca de 1,25 milhões eleitores-fantasma... mais uma artimanha que permite aos partidos, albergar mais boys e alargar o seu poderio, através do poder local.
      A listagem total das freguesias aponta para 9,62 milhões de portugueses registados nos cadernos eleitorais, mas as contas feitas pelo jornal «CM» revelam que há 1,25 milhões eleitores-fantasma em Portugal. O jornal «i» também fez as contas com base em números oficiais e dá conta de 800 mil eleitores-mistério. E se há divergência em relação aos números, o mesmo não se verifica em relação à justificação. Emigrantes, mortos e duplicação de registos são explicação consensual para a diferença entre a base de dados eleitoral e a população portuguesa.
      O «CM» avança que entre os cerca de 1,25 milhões de eleitores-fantasma no país estão pessoas que já faleceram e ainda não foram eliminadas nas listas das freguesias. Aos falecidos somam-se emigrantes que mantêm o local de voto em Portugal apesar de se encontrarem no estrangeiro.
      As contas do «CM», com base no Instituto Nacional de Estatística (INE), foram feitas por Jorge de Sá, director da Aximage. O responsável explica que, se aos 10,6 milhões de cidadãos residentes, dos dados do INE, se retirarem os menores de 18 anos, que não podem votar, e dois terços dos estrangeiros em Portugal, que não têm direito de voto (290 mil), chega-se a um total de 8,37 milhões de eleitores. A listagem total das freguesias aponta para 9,62 milhões. A diferença revela que há 1,25 milhões de eleitores-fantasma no país. fonte
      ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2014/06/saiba-porque-os-corruptos-insistem-em.html#ixzz4YE1tbi1R

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Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
Incentivos ao ódio, à violência, ao racismo, etc serão apagados, pois o Google não permite.